domingo, 7 de novembro de 2010

Rendilheiras de Bilros


Em Portugal esta arte secular é típica das regiões de Vila do Conde e Peniche.

A renda de bilros é realizada sobre uma almofada dura, o rebolo, cilindro de pano grosso, cheio com palha ou algodão, coberto exteriormente por um saco de tecido mais fino. Sobre este é colocado um cartão perfurado, o pique, onde se encontra o desenho da renda, feito com pequenos furos. A rendilheira espeta alfinetes, nestes furos, que desloca à medida que o trabalho progride.
Os fios são manejados por meio de pequenas peças de madeira torneada, os bilros. Uma das extremidades do bilro tem a forma de pêra ou de esfera, conforme a região. O fio está enrolado na outra extremidade.
Os bilros são manejados aos pares pela rendilheira que imprime um movimento rotativo e alternado a cada um, orientando-se pelos alfinetes. O número de bilros utilizado varia conforme a complexidade do desenho.

Aqui encontrei alguns exemplos de renda de bilros "doce", mas, a inspiração para este projecto partiu de um antigo postal...

Três rendilheiras junto à Igreja Matriz de Vila do Conde, do séc. XVI


  A rendilheira da esquerda é D. Júlia, a bisavó da minha amiga C., que ofereceu este bolo à mãe, também ela perita na arte de dedilhar os bilros...
 
 


segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Un...happy Halloween!

Decididamente pregar sustos não é o meu forte.
O pedido especificava um bolo horripilante, inspirado no Zombie  do Cake Boss, episódio que passou no último fim-de-semana.
A guarnição de folhas e a abóbora sorridente envolveram o bolo numa atmosfera acolhedora de Outono, a contrastar com os adereços no topo.
Espero não ter desiludido a minha cliente.