Em Portugal esta arte secular é típica das regiões de Vila do Conde e Peniche.
A renda de bilros é realizada sobre uma almofada dura, o rebolo, cilindro de pano grosso, cheio com palha ou algodão, coberto exteriormente por um saco de tecido mais fino. Sobre este é colocado um cartão perfurado, o pique, onde se encontra o desenho da renda, feito com pequenos furos. A rendilheira espeta alfinetes, nestes furos, que desloca à medida que o trabalho progride.
Os fios são manejados por meio de pequenas peças de madeira torneada, os bilros. Uma das extremidades do bilro tem a forma de pêra ou de esfera, conforme a região. O fio está enrolado na outra extremidade.
Os bilros são manejados aos pares pela rendilheira que imprime um movimento rotativo e alternado a cada um, orientando-se pelos alfinetes. O número de bilros utilizado varia conforme a complexidade do desenho.
Aqui encontrei alguns exemplos de renda de bilros "doce", mas, a inspiração para este projecto partiu de um antigo postal...
Três rendilheiras junto à Igreja Matriz de Vila do Conde, do séc. XVI
A rendilheira da esquerda é D. Júlia, a bisavó da minha amiga C., que ofereceu este bolo à mãe, também ela perita na arte de dedilhar os bilros...
Esse bolo ficou uma obra de arte (como os outros, claro...).
ResponderEliminarGostei tb de saber um pouco mais sobre estas rendas que compõem o nosso património!
Babette
Está tudo bem por aí?
ResponderEliminarTenho espreitado diversas vezes o teu blog aguardando por mais maravilhas, mas nos últimos "tempos" nao tens publicado novos posts.
Beijinhos e votos de que tudo esteja óptimo convosco